sábado, 31 de dezembro de 2011

MINHA PRIMEIRA MORADA



Quando eu ainda não existia
Em minha vida ultra uterina,
Me transformava em feto
E recebia muito afeto
Nesta mansão pequenina.


Nas entranhas de uma mulher
No âmago de seu interior,
Vivi meus primeiros instantes
Que foram tão importantes
Na efervescência do amor.

Foi em um ato de amor
Entre sussurros e beijos,
Que eu lá me radiquei
E meu destino iniciei
A vida e meus ensejos.


Minha primeira morada
Mais valioso não tem,
É tão pura e tão sagrada
Onde fiz minha morada
O útero de minha mãe.


 
Aqui tento exaltar a mulher
Que por natureza é sofrida,
Pois sua barriga, antes do nada
Foi nossa  primeira morada
Iniciando assim nossa vida.
        J.  Coelho



 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ABRAÇO DE MORTE




Coaxando tranquilamente
O sapo em seu habitar,
À beira de sua lagoa
Pra  rosa, o Sapo a cantar. 

A menina que flores colhia
Displicente a  rosa cortou,
O sapo em sua defesa
Pra cima da menina pulou.

A menina amedrontada
Correu soltando a rosa
Lamentando sua sorte,

No afã de salvar a rosa
Abraçado a seus espinhos 
Pulou para o abraço da morte.
        J.  Coelho




sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

XIFÓPAGOS


Te amo profundamente
Num amor sem precedente
Unida a ti, minha vida está,
Num amor de adolescente
Unidos pelo coração
Colado nosso amor está.

Num parto da mãe Divindade
Nasceram almas xifópagas
Duas almas e um só coração,
Destinadas a viver unidas
Nem a mais complexa cirurgia
Separará tamanha paixão.

Nasceram um para o outro
Dois seres e um só destino,
Perpetuados irão reinar,
Dois corpos xifópagos pelo amor
Que nem a morte poderá separar.
        J. Coelho
       






segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

OVELHA DESGARRADA



Se teu fardo te for pesado
Clama que eu ouvirei,
Vinde a mim todos cansados
Que os fardos  aliviarei.

Se não te restar mais nada
E a esperança chegar ao fim,
abranda  teu coração
E vem caminhando pra mim.

Vem, ovelha desgarrada
Juntar-te ao povo de Deus,
Eis que  estou  à porta e bato
Para seres um dos meus.

Cantar  honras e louvores
Ao Eterno Pai conduz,
Trazendo amor no coração
E também o Senhor Jesus.

    J.  Coelho



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

EXCELÊNCIAS DA CARIDADE


Aspirai aos dons superiores. E agora vou indicar-vos o caminho mais excelente de todos.
 O AMOR
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.
Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos;
quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.
Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.
Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor.
O maior deles, porém, é o amor.

Texto extraído da BIBLIA SAGRADA
Iº Coríntios cp. 13 vs, 1 a 13



Clic aqui e viva a emoção da palavra.
http://www.youtube.com/watch?v=MFAEyKmFu04

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SONHO EM MEU JARDIM


Na fantasia dos meus sonhos
Vivem, begônia, flor de maio e jasmim,
Dália, cravo, lírio e a rosa
Rainha do meu jardim.

Não poderia esquecer da palma
Hortência e a margarida,
Chuvisco meu companheiro
E a orquídea tão atrevida.

Crisântemo amando a violeta
O lírio a flor de laranjeira,
Onze horas tão perfumada
Amando a flor da cerejeira.

No coração da acácia.
Nasce uma nova emoção,
Ela está amando o jovem cravo
Formando um só coração.


 
As flores do mundo inteiro
Moram no sonho do meu jardim,
Vivem sonham e crescem
Sonhando um sonho sem fim.

           J.  Coelho


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TRÊS DIAS DE METAMORFOSE


Pelo mudo rejeitado
Nasceu, viveu,  sofreu,
Pelas mãos de Herodes e Pilatos,
Ficou  entregue à mercê
De poderosos mui ingratos.

Pela vida foi humilhado
Pagou por nossos pecados
Sem nunca os ter cometido,
Homem sábio, homem Santo
Com malfeitor confundido.


O mundo não o reconheceu
Condenou-o à morte violenta
Como cordeiro cumpriu a missão,
Com o sangue jorrando das feridas
Deu-nos a eterna salvação.

Encasulou-se em metamorfose
Por três dias ficou encasulado
Ao terceiro dia alçou para a vitória,
Voando com luz e esplendor
Para vencer a morte em glória.

Com três dias de cativeiro
Se transformou de Jesus o homem
Em Cristo, o Senhor, a Divindade,
Ele morreu pregado na cruz
Para salvação de toda humanidade.
        J. Coelho


 

domingo, 4 de dezembro de 2011

ECOANDO ENTRE OS ESCOMBROS







Entre poeira e fragmentos
No meio da lamuria e desventura,
De lamentos e conflitos
Tento em vão ouvir meus gritos
Nos destroços do amor loucura.

No celeiro do meu pensamento
Pairam amor, sonho e ilusão,
Paira minha dor e meu lamento
Neste secular advento
Injuria, mágoa, em meu coração.

Na poeira, nas cinzas, nos
Escombros de um amor traído,
Grita um silencio arredio
Entre tremores e calafrio
Ecoa um grito desvalido.

Do fundo do cativeiro
No êxtase da emoção,
Meu silencio se faz ouvir
Na utopia do meu sentir
Grita calado meu coração.

O amor, a metamorfose
Desincasulou  para o infinito,
O amor que morto estava
Renasceu da cinza, do nada
Se tornando o amor mais bonito.
        J.  Coelho











DESPIDO


Se  teus olhos te tentarem
E teu coração te trair,
Clama a Deus proteção
Controla tua emoção
Fortalecendo teu resistir.

Morrendo a ti mesmo, viverás,
Se tiveres magoa, se alguém te ferir,
Desnuda-te da vaidade
Da ambição e promiscuidade
Reveste-te de ouro e Ufir.

Vive como recém-nascido
Despido, sem medo do pudor,
Despe-te do vício carnal
Da perversidade do mal
Revestindo-te do puro amor.

De que vale ser rico, e morto estar,
Se querendo viver a vida, a perdemos,
Nosso destino será a morte
Viveremos à mercê da sorte
Mesmo tendo tudo o que queremos.

Mais vale ser nu na vida mundana
Mas  revestir de amor o coração,
Viver a pureza dos anjos
Dos querubins e arcanjos
E alcançar a sonhada salvação.

Temos que trocar a fardagem
Pra viver precisamos  morrer,
Renunciar  ás coisas do mudo
Alimentar um amor profundo
Para Deus, podermos  nascer.
J. Coelho




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FELIZ NATAL


A todos desejo, que este Natal
Seja repleto de paz e felicidade,
Que toda a mesa seja farta
De amor e fraternidade.
 

Dou graças a DEUS por tudo
Principalmente pela vida,
E peço a JESUS que liberte
Os infelizes da lágrima sentida.

Pena que o Menino Jesus foi trocado
Pelo papai Noel, bom velhinho,
Mesmo assim agradeço a Deus
Pela paz, amor e carinho.

É o que desejo a todos no mundo
Paz, amor e prosperidade,
Felicidade e muitas conquistas
E a luz Divina à humanidade.

“FELIZ NATAL E PROSPERO ANO NOVO”
      
 J.coelho                             (José Coelho Fernandes)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O SOL NO ORVALHO



 
Bem cedo ao romper d´aurora
A relva coberta de orvalho,
O sol iluminando as gotículas
Pra ver, peguei um atalho.

A luminosidade refletia
Em forma de um coração,
Segui os raios pontiagudos
Daquela rara visão.


 
Subindo cheguei ao cume
Desta odisseia no ar,
Raridade do mundo encantado
Propicio para se amar.

Mas logo o sol foi subindo
O orvalho então esvoaçou,
O cenário se esvaiu
E a rara visão se apagou.
J. Coelho