quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O PALCO DO PRAZER


Entre quatro paredes moucas
N’um palco redondo e macio,
Se desenrola a grande cena
Na vida de uma pequena
De um amor quase doentio.

Duas cadeiras curiosas
Envergonhadas ficavam loucas,
Enquanto que ela lentamente
Ora de lado ora de frente
Ia tirando suas roupas.

No palco das grandes emoções
O amor aflora intensamente,
N’uma cama redonda e convidativa
Em uma cena calorosa e ativa
O amor rolava inconseqüente.

A luminosidade de brilho intenso
Se transforma em luz negra,
Pois até o vídeo cansado parou
E a televisão  com vergonha desligou
Para assistir este amor sem regra.

Jovem, bonita e faceira
Em delírio sempre a dizer,
Vem, me usa, me mata
Me penetra e me arrebata
De tanto amor e prazer.

Me usa na cama, na soleira, no chão
Me ama sem preconceito,
Me enche de amor e prazer
Faz o que você quiser
Me ama de qualquer jeito.

N’uma emoção jamais sentida
Ao adentrar em seu interior,
Sentindo o gosto da vida
Numa lagrima sentida
No prazer do nosso amor.

Finalmente fecham-se as cortinas
Com ela agora já vestida,
Porem a felicidade deste momento
Ficou cheia de dor e lamento
Na tristeza da despedida.    

j.  Coelho

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