domingo, 11 de setembro de 2011

TUDO E NADA ( O PALHÇO )


Com o mundo a seu pés
Sem saber se sou ou és
Mas com tudo ao alcance da mão.
Ao poder tendo acesso
Flutuando no sucesso
Vivendo no auge da ilusão.

Entre delirantes aplausos efusivos
E todos se mostrando amigos
No almejar do seu almejar,
Era uma estrela brilhando
Hoje um palhaço chorando
Só um povo a delirar.

O show  agora acabou
E o pobre palhaço ficou
Abandonado na solidão,
Pois o mundo se assemelha
A uma simples centelha
A iluminas a escuridão.

 Agora coitado, tão desolado
Atrás de um palco abandonado
Se refugia na madrugada,        
A multidão já se evadiu
E seu coração sentiu
O sabor do tudo e nada.

        J. Coelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário