segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ESCAPANDO DO INFERNO


Depois de um cotidiano turno de labuta
Adentrei à minha alcova absoluta
E me aconcheguei para repousar,
Me banhei e me aquartelei
Em minha cama me deitei
Com meu anjo a me guardar.
De repente, me vi numa orgia
Estranho! Eu não entendia  
Porque eu estava num lugar tão elegante,
Lá tinha iguarias e guloseimas
Mulheres cheirando alfazemas
Tudo parecia muito importante.
Apôs o sétimo aperitivo
Comecei a perceber o perigo
De estar naquele lugar,
Tinha muitas damas de vermelho
E no vazio um espelho
E um contrato a desfolhar.
Ali não havia miséria nem pobreza
Só tinha requinte e nobreza
            E num tapete vermelho sereias  a desfilar,
            De repente,  como deusa surgiu
            Uma bela jovem que  me pediu
            Para um contrato assinar.
Vi naquele contrato lavrado
Que tudo ali era grátis, era dado
Só uma coisa tinha que fazer,
Fiquei paralisado com a evidencia
Percebi que a única exigência
Era entregar a alma ao lucífer.
            De repente acordei, com retinia e ofegante
            Me pareceu por um instante,
            Que eu tinha morrido e ressuscitado,
Percebi que o inferno por mim passou
Mas meu anjo da guarda me guardou
Neste sonho tão mal sonhado.

 J.  Coelho


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