quinta-feira, 13 de outubro de 2011

UM GRITO NO VAZIO


No paraíso, na selva de pedra,
No  silencio da penumbra sombria,
Parasitava em meus devaneios
Olhando aquela noite fria
Somente o canto da coruja ouvia.
Hruuu,  hruuu, hruuu,
E meu coração com vontade de gritar,
Mas neste  silencio medonho
Meu grito não ecoava,
No interior de meu cativeiro
Em  meu peito  sufocava
Ouvia-se um chilrar de um som estranho.
Na penumbra das zero horas
Eu queria ao mundo gritar,
Mas minha voz emudeceu
Paralisando todo meu eu
No silencio deste  lugar.
E a coruja  e sua sinfonia

Hruuu, hruuu, hruuu,
Olhei pela fresta da janela,
Nada vi, pois a penumbra era imensa
A voz não saia, para então poder gritar
De repente não sei como
Soltei meu grito, porem no vazio.
Se misturando aos outros sons
De  corujas, sapos  e grilos
Mas na imensidão da penumbra
Meu grito não  pode ecoar,
E eu adormeci  neste  vazio
Tentando   ao mundo inteiro gritar.
            J.  Coelho


Nenhum comentário:

Postar um comentário