quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ratinho Kauê


O RATINHO KAUÊ 

“SAGA DE UM CAMUNDONGO
Episódio narrado em 148 estrofes
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Esta é uma história que se passa na cidade de Ratolândia, e é vivida por um jovem casal de ratinhos apaixonados.
Eram, Kauê e Karita:  Kauê trabalhava em uma empresa como gerente, e seu chefe gostava muito dos seus serviços, e se recusava a perder o funcionário: pois o mesmo iria se casar,  e pretendia após o casamento ir morar em outra cidade.
(Leia e se emocione com esta história imaginária; história que tem como trama: a vida de Kauê e seus familiares.
1
Em um pequeno lugarejo
Na periferia de um povoado pobre,
Nesta pequena localidade
Vivia com dignidade
Um ratinho pacato e nobre.
2
Num subúrbio da Ratolândia
Morava Kauê com vigor,
Kauê com vivacidade
Vivia nesta localidade
Com rigorosidade e amor.
3
Sempre muito vaidoso
E cuidadoso ao se trajar,
Andava sempre elegante
Nem mesmo por um instante
Esmorecia ao trabalhar.
4
Tinha uma irmã chamada Mykita
Era uma costureira de elite,
Costurava para doutores
Artistas e professores
Da forma que a lei permite.
5
Também seu irmão Karut
Que adorava muito cantar,
Fazia shows para criança
Alegrando com esperança
Cativava a todos sem parar.
6
Seu digno  pai Kamiosc
Tinha um pequeno roçado,
Soltava o boi no pasto
Para ser bem alimentado.
7
Das vacas tirava o leite
E fazia queijo para comer,
Após o labor do dia inteiro
Se reuniam no terreiro
Para queijo e milho roer.
8
Lá pelos anos sessenta
Neste vilarejo pacato,
Surgia da multidão
Com alma e emoção
Este ser, com corpo de rato.
9
Vestindo roupa de linho
Demostrava muita moral,
Ás vezes vestindo esporte
E geralmente dava sorte
Junto ao imenso pessoal.
10
Era o galã da região
Entre as mulheres era querido,
Namorava,  louras e morenas
No meio de jovens pequenas
Era sempre o  preferido.
11
Era um jovem adolescente
Porém adulto parecia ser,
Gostava de  assistir teatro
Não perdia nem um ato
Acompanhado de mulher.
12
Ele preferia peças teatrais
Proibidas para menores,
E para ter livre acesso
Se virava do avesso
Driblando os diretores.
13
Pois afinal ele era menor
Para assistir algo proibido,
O segurança sempre impedia
Mas ele com astucia conseguia
Entrar no tumulto escondido.
14
Ele se misturava à multidão,
E entrava como forasteiro
Ele ia bem sorrateiro
No meio da aglomeração.
15
Depois que já estava lá dentro
Se divertia pra valer,
Convidava alguém pra dançar
Dançando então sem parar
Até o dia amanhecer.
16
Na comunidade ele era querido
E, por muitos invejado,
Só comia pão de trigo
E encarava qualquer perigo
E era rico em seu predicado.
17
Nas idas ao parque ou à praia
Nova garota arranjava,
Pois tinha muita fã
Era um verdadeiro galã
E sozinho nunca ficava.
18
Assim ia driblando o destino
E a idade ia chegando,
De emoção em emoção
Pulsava seu coração
Literalmente estava amando.
19
Certo dia estando a sós,
Em um parque refletindo,
À sombra de uma roseira
Repousando sobre a esteira
O sentimento ia curtindo.
20
Quando, como por encanto,
Linda jovem, camondonguinha,
Se achegou a seu redor
Envolta num véu de amor
Aparentando uma rainha.
21
Trocaram olhares de ternura
De amor e emoção,
Embalados na calmaria do vento
Saboreavam as delicias da paixão.
22
E quase sem perceber
Com magia e esplendor,
No jardim a florescer
Estava ali a nascer
A chama de um grande amor.
23
A brisa e a calmaria
Mansamente iam soprando,
Era um amor que nascia
E para sempre vingaria
Ra a magia do amor chegando.

24
A camondonguinha  Karita
Que também era elegante,
Fez pulsar seu nobre coração
Vivendo uma grande emoção
No êxtase daquele instante.
25
Seu coração foi flechado
Pela flecha ardente do cupido,
Ele   por demais se  emocionou
E seu coração disparou
Precisou ser bastante decisivo.
26
O jovem casal mui feliz
Saíram a caminhar,
Até parecia um conto de fadas
Caminhavam de mãos dadas
Pelo parque encantado a sonhar.
27
Envoltos num véu de magia
Transpunham céu e mar,
Sobre promessas e com alegria
Marcavam desde já o dia
Para então logo noivar.
28
Assim começaram a namorar
Com a fúria da emoção,
Trocavam juras de amor
Sempre com muito ardor
Nos impulsos do coração.
29
A casa da jovem Karita
Passou então a frequentar,
Mas achou uma nova barreira
Foi em uma terça feira
Dia em que foi namorar.
30
Ao entrar na casa de Karita
Triste cena presenciou,
Viu sua amada querida
Triste e muito abatida
E logo então perguntou.
31
Porque estás tão oprimida?
E karita começou a chorar,
Respondendo: Meu pai não aceita,
Ele de você suspeita
Pensa quer me enganar.
32
Kauê inconformado
Foi falar com o sogrão,
Pois o ratão era austero
E logo disse não quero
Deves estar com má intenção.
33
Porem Kauê insistiu
Eu amo sua filha de verdade,
É como uma rosa na roseira
E nasceu pra minha companheira
Para toda a eternidade.
34
Kauê com sua percepção
Que o velho estava a tramar,
Insistia em seu conceito
Pelo senhor tenho respeito
Porem quero com Karita casar.
35
O ratão chamou a ratazana
E lhe pediu opinião,
A ratazana então respondeu
O que foi que aconteceu?
Porquê tanta confusão.
36
Kauê, indagava à ratazana
Oh! Minha nobre senhora,
Quero casar com sua filha
E povoar toda esta ilha
Amando-a a toda a hora.
37
A ratazana e o velho ratão
Por fim eles decidiram,
Podem namorar, mas direito
Queremos muito respeito
Com isso todos sorriram.
38
Kauê convidou os três
Para então comemorar,
Quatro taças pegaram
Taças que se quebraram
No afã do seu brindar.
39
Terça, quinta e sábado
Ia à casa da ratinha,
Estava sempre presente
Não podia estar ausente
Domingo de manhazinha.
40
Aos domingos pela manhã
Com fervor iam à missa,
Ela com chalé rendado
E ele sempre alinhado
Com sapatos de cortiça.
41
Terminada a missa dominical
Eles permaneciam a rezar,
Pedindo a Deus pelo amor
Com devoção e fervor
Para nunca se acabar.
42
Ambos ajoelhados
Numa só devoção,
Pediam pra Deus unir
E jamais permitir
Mágoas no coração.
43
Terminada a oração
Saíam a passear,
Andavam só abraçados
Por demais apaixonados
Aguardando a hora de almoçar.
44
Assim o tempo foi passando
Até que atingiu maior idade,
Vivendo uma vida feliz
A vida que sempre quis
Com amor e felicidade.
45
Ele tinha um bom emprego
Um cargo de confiança,
Assim começou a pensar
Em breve então se casa,
Alimentando muita esperança.
46
Com a vida já estabilizada
Trataram então de noivar,
Elaboraram a lista de amigos
Aqueles os mais queridos
Que iriam então convidar.
47
Entre os convidados, um especial
De nome Mauricinho,
Pessoa digna e pura
Decidiram com ternura
Que seria seu honroso padrinho.
48
Convidaram a banda da cidade
Para animar a comemoração,
Trouxeram diversos cantores
Também não faltaram flores
Para enfeitar o nobre salão.
49
Comida ali tinha de sobra
Para todos poderem comer,
Tinha queijo e pão duro
Neste ambiente seguro
Não faltou milho pra roer.
50
A festa foi um sucesso
Não poderia ser melhor,
Foi regada de alegria
Pairando paz e alegria
Na consagração do amor.
51 
A comemoração do noivado
Foi deveras animada,
Teve baile a noite inteira
Uma animada brincadeira
Terminou só na madrugada.
52
Esta festa foi animada
Impossível de esquecer,
Com promessas mil
Neste ambiente gentil
Com prenúncio do sofrer.
53
Kauê em seu emprego
Ganhava um bom dinheiro,
Assim poderia marcar
A data pra então casar
Lá pelos fins de janeiro.
54
Aguardavam o casamento
Na mais profunda ansiedade,
Providenciaram residência
De sua total preferência
Quase no centro da cidade.
55
Já estava tudo quase pronto
Chamaram até reportagem,
Porem o que ele não esperava
É que em seu destino pesava
A ação de uma chantagem.
56
O ratinho sempre trabalhou
Com a maior dedicação,
E pretendia com certeza
Abrir sua própria empresa
E ser seu próprio patrão.
57

Porem seu patrão era dono
De uma multinacional,
Tinha filiais no mundo inteiro
Mas era um grande trapaceiro
Sem coração nem moral.
58
Kauê foi trabalhar como de costume
Elegante e bem arrumado,
Porem para sua decepção
Foi recebido com uma carta na mão
Pois estava sendo notificado.
59
Ele havia sido escolhido
Para em Londres ser gerente,
Pois era o único capaz
Com capacidade e muito voraz
Digno e competente.
60
Porem o ratinho de pronto
Recusou este oferecimento,
Não poderia jamais aceitar
Pois iria muito atrapalhar
O tão sonhado casamento.
61
Mas o Sr. Kelp seu patrão
Sempre com falcatrua,
Disse-lhe: vais ter que ir
Do contrário vou te despedir
E vais ficar na rua.
62
Frente a essa situação
Ficou meio sem saída.
Adiou seu casamento
Começou ali o tormento
Na hora da despedida.
63
Pra não perder o emprego
Tratou logo de viajar,
Com esforço super humano
Aceitou viajar por um ano
Para em seguida regressar.
64
Foi trabalhar em Londres
E seria o único representante,
Desta firma conceituada
E muito bem elaborada
Ativa e muito importante.
65
Sr. Kelp se apressou
Em executar a mudança,
Com esta vil fatalidade
Acabou com a felicidade
E também a esperança.
66
Kauê combinou com Katita
E seu casamento adiou,
Preparou então a bagagem
Para essa longa viagem
E de pronto pra Londres viajou.
67
Contratado por um ano
Em Londres iria trabalhar,
Durante esse período
Na esperança organizou tudo
Para poder então regressar.
68
Porem o tempo passava
E o caso sem solução,
O tempo se passava
Porem nada se acertava
Aumentando a preocupação.
69
Kauê escrevia pra Katita
Dizendo que logo iria voltar,
Expressando suas qualidades
Desejando felicidades
Prometendo logo regressar.
70
Kauê pedia ao Sr. Kelp
Alguém para sua substituição,
Pois elo precisava regressar
Para poder então se casar
Com o amor de sua paixão.
71
Após varias negociações
Ficou então decidido,
Permaneceria em se atributo
Até arranjar um substituto
Para poder ser substituído.
72
Com isso lhe foi aviltado
O direito de poder regressar,
Ele ficou então sofrendo
E acabou até perdendo
A oportunidade de casar.
73
Kauê escreveu varias cartas
Avisando Karita do ocorrido,
Mas Karita não as recebia
E sonhava noite e dia
Com seu Kauê querido.
74
Ele escrevia diariamente
Para sua doce amada,
Mas cartas não recebia
E Kauê não entendia
Porque ela não respondia.
75
Pois as cartas que chegavam
O Sr. Kelp todas ele retía,
Assim com sua maldade
Tolhia aquela felicidade
Proliferando muita agonia.
76
A ratinha ficou nervosa
Pois não sabia o que fazer,
Desejando até a morte
Exposta à própria sorte
Preferia então morrer.
77
A ratinha preocupada
Por não receber correspondência,
Perguntou ao velho ratão
Qual o endereço a direção
Da sua atual residência.
78
Mas o ratão muito astuto
No intuito de evitar a união,
Lhe deu o endereço errado
Assim este ratão malvado
Pós fim àquela doce ilusão.
79
Mas não parou por aí
Ele apelou para os meios de comunicação,
Mandou publicar mensagem
Em toda a reportagem
Em todo rádio e televisão.
80
Simulando uma tragédia
Com um desastre de avião,
Forjou uma sacanagem
 Com uma tremenda chantagem
Nesta macabra simulação.
81
Forjou uma lista de acidentados
Onde o nome de Kauê figurava,
Assim com a foice e sua lança
Mutilou aquela esperança
Que Karita tanto sonhava.
82
Karita após ler os jornais
Daquela pacata localidade,
Inconformada ela chorava
Palpitando soluçava
Com a terrível fatalidade.
83
Pois o interesse do patrão
Era dificultar aquela união
Para não perder o gerente
Que era muito inteligente
E dava muita produção.
84
Kelp logo procurou Katita
A pretexto de confortá-la,
De vítima se fingiu
E mais ainda mentiu
Acabando de arrasá-la.
85
Ainda num macabro calunio
Com karita fez um trato,
Ela esquecia o kauê querido
Procurando outro marido
No meio de tanto rato.
86
Nesta situação Karita
Com seu corão a sofrer,
E sua alma confusa
Com a infame idéia abstrusa
Não sabia o que fazer.
87
Sr. Kelp por sua vez
A Kauê mandou dizer,
Karita já não mais te gosta
Por isso não te dá resposta
Simplesmente não quer te ver.
88
Ela não gosta mais de ti
Sei que vais ficar ferido,
Pois a mais pura verdade
Ela com sua maldade
Já arranjou outro marido.
89
E acrescentando veneno
Disse tela aconselhado,
Ao Kauê escrever
 E com Kauê viver
Num paraíso encantado.
90
As mentiras que ele inventou
Foram demais convincentes,
Assim destruiu a felicidade
Daquele casal de verdade
De duas almas inocentes.
91
Alguns anos se passaram
Em profunda monotonia,
Frente ao fato ocorrido,
A vida ficou sem sentido
Pois lhes faltava a alegria.
92
Karita agora já conformada
Se empregou na prefeitura,
Trabalhava o dia inteiro
Pra ajuntar dinheiro
À noite ela fazia costura.
93
Então conheceu o jovem Fredy
Que por ela se apaixonou,
Porem ela relutou pra valer
Mas sozinha e a sofrer
Esse namoro ela aceitou.
94
Trataram dos últimos acertos
E o casamento aconteceu,
Casou de véu e grinalda
E aliança de esmeralda
Iguais a Julieta e Romeu.
95
Eles até que eram felizes
Mas a lembrança a atormentava,
Aquela tragédia terrível
Lhe causava pesadelo horrível
Pois ela não se conformava.
96
Com a força de tanto amor
E  obra da compensação,
Deu à luz duas crianças
Renovando as esperanças
Em seu tão sofrido coração.
97
O casal de gêmeos nascidos
Eram dois belos meninões,
Eram Katito e Kalito
Neste lar perfeito e bonito
Reinava muito amor e emoções.
98
Enquanto isso, o ratinho Kauê
Ainda lutava pra voltar,
Para encontrar sua amada
E como num conto de fada
Poder finalmente se casar.
99
Porem o destino estava contra ele
E nada podia dar certo,
Pois os efeitos da maldade
Causaram terror e fatalidade
Afastando-os quando chegavam perto.
100
Quis o destino então
Que o jovem casal fosse viajar,
Em um bairro elegante
De Londres doravante
O casal iria então morar.
101
Ao mesmo tempo porem
O ratinho Kauê regressava,
Para sua cidade natal
Pensando que o casal
Que agora sim, se casava.
102
Porem o sofrimento só aumentou
Quando lhe contaram o ocorrido,
Que Karita tinha casado
E pra longe viajado
Com seus filhos e o marido.
103
Indagava Kauê aflito
Mas pra onde ela viajou?
Responderam: não sabemos
Pois ela com seus extremos
Nunca nada a ninguém falou.
104
Seu pai e sua amada mãe
 Também haviam falecido,
E Karita desgostosa
Na qualidade de esposa
Acompanhava seu marido.
105
Kauê então foi conversar
Com seu antigo patrão,
Mas ele muito malvado
Passou-lhe o endereço errado
Aumentando a confusão.
106
Agora que o Sr. Kelp
Mais uma vez o enganou,
Com seis meses que você partiu
Ela logo assim decidiu
E rapidamente se casou.
107
Indagou então o ratinho;
Eu não posso acreditar!
Trocamos mil juras de amor
Na tristeza na fome ou na dor
Que sempre iríamos nos amar.
108
Kauê então desolado
Para a América viajou,
Derramando lágrimas de dor
Chorando Poe seu amor
Que muito, muito ele amou.
109
Porem na America do Norte
Karita ele não encontrava,
Sofrendo as maledicências da vida
Procurando sua querida
Decepcionado apena chorava.
110
Karita lá também não estava 
Por fim decepcionado,
Pôs-se então a pensar
E desistiu de procurar
Pois estava tudo acabado.
111
Foi procurar outro emprego
E logo começou a trabalhar,
Lá conheceu uma viúva rata
Meiga e muito pacata
E começou a namorar.
112
Namorou por alguns meses
E marcou o casamento,
Convidou toda a ratalhada
Para uma festa animada
Pois era a festa de seu casamento.
113
Passado algum tempo
Sua esposa ficou enfadonha,
Ela então se preparava
Pois finalmente esperava
A visita da cegonha.
114
Kauê ficou muito contente
Com aquela maravilha,
Ele sonhava todo dia
Receber com alegria
A chegada de sua filha.
115
As coisas então começaram
 A ficar á mil maravilhas
Chegou a hora da maternidade
Radiante de felicidade
Viu que eram duas filhas.
116
Feliz o nobre e bel casal
Com as gêmeas recém nascidas,
Zanita e Sarita, que beleza
Eram o símbolo da nobreza
E com sua mãe parecidas.
117
A alegria era total
Tudo era felicidade,
Mas o destino tramou
E mais uma lhe aprontou
Mais uma fatalidade.
118
Alguns dias após o parto
A ratinha sentiu-se mal,
Sua cabeça estava a doer
Tentaram então socorrer
Levando-a a um hospital.
119
Porem a dor foi tão forte
Que de repente aconteceu,
Ela que foi de pronto socorrida
E rapidamente atendida
Mas infelizmente faleceu.
120
Aconteceu numa sexta-feira  
Dia em que ele muito chorou,
Pois perdia sua mulher
E agora o que fazer?
Sem aqueles a quem amou.
121
Contratou então uma babá
Para cuidar das filhinhas,
Vivendo agora sozinho
Já estava ficando velhinho
Em companhia das ratinhas.
122
E a firma em que trabalhava
Esta também faliu,
E ele sem opção
Frente a tanta confusão
De novo decidiu.
123
Resolveu se mudar de novo
E pra Londres retornou,
Foi trabalhar novamente
Agora num emprego diferente
Parece que a sorte mudou.
124
Levou junto consigo
A babá e as duas ratinhas,
Elas eram mui formosas
Amáveis e carinhosas
Meigas e muito bonitinhas.
125
Trabalhando numa empresa
Muito bem conceituada,
O dono era o Sr. Fredy Feitosa
Pessoa por demais bondosa
Em Londres situada.
126
Após um ano de emprego
Mais uma fatalidade aconteceu,
Seu patrão sofreu um acidente
Naquele transito imprudente
E o bondoso Sr. Fredy morreu.
127
Chegou a hora do velório
Com muitas lágrimas e dor,
Em seguida o sepultamento
Neste doloroso momento
Só lamúria e clamor.
128
Frente a esta tragédia
A esposa assumiu a empresa,
Administrando muito bem
A empresa que agora tem
Com dedicação e presteza.
129
Para decidir os novos rumos
Que a emprese iria tomar,
A esposa do patão
Convocou uma reunião
Para detalhes acertar.
130
Os funcionários todos solidários
Frente ao fato ocorrido,
Foram confortar seu coração
Tomados pela emoção
Ao ver aquele coração partido.
131
Kauê ao entrar no recinto
Da sala de reunião,
Ficou ali pasmado
Em pé estatelado
Numa rara e incrível visão.
132
Ficou com a voz embargada
Tentando se controlar,
Aguardou todos sair
Para então se dirigir
E com a senhora falar.
133
Após todos saírem
A ela se apresentou,
Mas ela não o reconheceu
E então assim respondeu,
Para mim tudo acabou.
134
Kauê então insistia
Katita, olha pra mim!
Você não me reconhece?
Com isso até parece
Ser o prenuncio do fim.
135
Respondia Katita perturbada
Meu noivo está morto,
Foi um desastre de avião
Que matou minha paixão
Só me resta o vosso conforto.
136
Kauê indagou: é mentira
O Sr. Kelp nos enganou,
Eu te mandei várias mensagens
Mas ele com suas chantagens
Nunca pra ti as entregou.
137
Mas eu te juro querida
Que sou eu teu grande amor,
Estou vivo aqui presente
Nunca estive nem doente
Olha bem pra mim por favor.
138
Katita:_ se tudo é verdade
Porquê você não foi me buscar?
Você me deixou sofrendo
Doente quase morrendo
Na ansiedade a esperar.
139
Kauê:_ mas eu fiz isso
Porem quando lá cheguei,
Por ele me foi narrado
Que você tinha casado
Assim eu me desesperei.
140
Em seguida fui falar com o Sr. Kelp
Perguntei; para onde tinhas ido,
Porem ele me enganou
E disse que você se mudou
Para a América com seu marido.
141
Eu fui então para a América
Na esperança de te encontrar,
Chegando lá naquela terra
Percebi que perdi a guerra
Só me restou me conformar.
142
Até aquelas falsas noticias 
Que você viu na televisão,
Foi mais uma maldade
Tremenda perversidade
Praticadas pelo meu patrão.
143
Na América desesperado
Andando de lado pra lado,
Em uma certa hora
Conheci uma senhora
E com ela fui casado.
144
Ela deu à luz duas menina
Eu achei que a sorte tinha mudado,
Porem logo aconteceu
Ela após o parto morreu
E eu mais uma vez arrasado.
145
Finalmente aqui estou
Depois de tanto sofrimento,
Perplexo a sonhar
Pronto pra te amar
Em nosso eterno casamento.
146
Karita chorou emocionada
Se abraçaram envoltos pela felicidade,
Nas encruzilhadas do destino
Neste mundo pequenino
Se uniram para a eternidade.
147
Finalmente juntos
Katita e Kalito.Zanita e Sarita,
Vivendo com emoção
Numa feliz e doce união
Os quatro filhos, Kauê e Katita.
148
Hoje vivem bem felizes
Sem a presença daquela dor,
Nasceu mais um casal de crianças
Aumentando as esperanças
Selando assim um grande amor.

FIM




2 comentários:

  1. Boa tarde migo. Quanta doçura em tuas linhas, amei, parabéns!

    Fica bem, beijos, lu.

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    1. OLÁ QUERIDA MIGA, AMEI SUA VISITA, DEUS TE ABENÇOE SEMPRE. BEIJOS À PRINCESA.

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